Editora Panini Comics – data de publicação: julho de 2019 – 64 páginas
Nota da edição: 7 /10 🙂
Atenção: este texto contém spoilers!
No começo da história somos apresentados à Odessa Drake, a líder de uma organização secreta chamada Liga dos Ladrões. Praticamente uma lenda, esta organização cobrava um tributo, 10% da “renda” de todos os ladrões do mundo. Com o tempo, a Liga ficou desacreditada, e os ladrões deixaram de pagar este tributo. A Odessa Drake decidiu então colocar em prática um plano para tornar sua organização respeitada novamente. Eles roubaram armas, acessórios e até objetos pessoais de praticamente todos os super-heróis, como as armaduras do Homem de Ferro, o escudo do Capitão América e o martelo do Thor (que não é mais o Mjölnir). O Amigão da Vizinhança foi convocado a unir-se novamente aos Vingadores para resolverem a questão, mas ao saltar de um prédio descobriu que roubaram os seus lançadores de teia. Em queda livre, ele foi salvo pela Gata Negra, ex-inimiga, ex-parceira e ex-namorada. Ela contou que fazia parte da Liga dos Ladrões, e sabia do plano deles e onde os itens roubados estavam guardados. Ela pediu a ajuda dele para ir até o esconderijo da Liga, pois os itens roubados seriam guardados em um cofre em outra dimensão, e nunca mais poderiam ser recuperados (sério? Em outra dimensão? Desde quando isto é inacessível nos quadrinhos? 😂). Eles foram até o local, inexplicavelmente sem alertar os Vingadores e os outros heróis, e entraram sorrateiramente. O Aranha encontrou seus lançadores de teia, mas eles logo foram cercados pelos capangas da Liga. Durante a luta, a Odessa Drake abriu o tal cofre para enviar os objetos para a outra dimensão. O Aranha tentou encontrar algo nos itens roubados que pudesse ser usado para fechar o portal, sem sucesso, então teve outra ideia. Enquanto isso, o Homem de Ferro, o Reed Richards e o Doutor Estranho tentavam localizar os objetos roubados usando tecnologia e magia. Eles foram interrompidos pela Ms. Marvel, que descobriu a localização de uma forma, digamos, mais prosaica: ela ativou o localizador do seu celular, que estava entre os itens roubados, e ele tinha sido finalmente localizado, pois o Aranha havia ligado o aparelho. Quando o Aranha mostrou o celular e disse o que tinha feito, a Odessa achou melhor desistir dos objetos e sumir com seus capangas, antes que os outros heróis chegassem. Ou seja, bastava o Aranha ter levado todos até lá, quando a Gata Negra o abordou, e teria tudo sido resolvido em menos páginas. Mesmo assim, a Odessa ficou satisfeita com o resultado do plano, pois os ladrões voltaram a respeitar a Liga e a pagar o tributo. No final, conversando com a Gata Negra, o Aranha percebeu que ela se ressentia por saber que eles tiveram todo um passado íntimo e agora ela nem se lembrava mais quem ele era. Depois da Guerra Civil, quando ele revelou sua identidade secreta, o Doutor Estranho (se não me engano) fez um feitiço para fazer com que todas as pessoas esquecessem da identidade do Aranha. Ele resolveu então revelar quem era para a Gata Negra, em nome da antiga amizade deles. Paralela a toda esta confusão, descobrimos a a existência de um grupo de apoio anônimo para os parentes e amigos dos super-heróis, onde estas pessoas podem conversar e compartilhar suas experiências sem se identificarem. A Mary Jane passa a frequentar estas reuniões, organizadas pelo mordomo Jarvis, dos Vingadores. Além de uma ideia muito interessante, a arte desta história paralela foi feita por outro artista, o italiano Michele Bandini. Dono de um belíssimo traço em estilo típico europeu, trata-se de um refresco muito bem vindo em mais uma edição do meu artista menos preferido, o Humberto Ramos. A história é ótima, apesar do furo no roteiro que eu indiquei, mas não consigo gostar da arte do Ramos, mesmo reconhecendo que está melhor do que os trabalhos anteriores dele.
Compre no site da editora, ou na Amazon: