Editora Panini Comics – data de publicação: outubro de 2019 – 48 páginas
Nota da edição: 9 /10 😃
Atenção: este texto contém spoilers!
Durante sua vida, o Rei Conan passou por diversos momentos em que desafiou a morte, e estas ocasiões fizeram com que ele acumulasse energia mística que agora a Feiticeira Rubra quer tomar, sacrificando-o em nome do seu deus, Razazel. Acompanhando alguns destes momentos, na primeira história vemos ele angustiado pelas suas obrigações como soberano da Aquilônia. Conan literalmente adoece por causa do enfadonho trabalho de governar uma nação civilizada. Os médicos da corte não conseguem determinar o que aflige o rei, que piora a cada dia. Desesperado, Conan desce até o calabouço do palácio real, onde ordena que os soldados abram a jaula de um leão recentemente capturado, que matou três dos seus captores. Porém, o leão não o ataca, mesmo quando provocado, pois reconhece no rei um semelhante, outra fera selvagem enjaulada. Conan adota o leão e o leva para os seus aposentos, onde (de longe), os conselheiros reais continuam a perturbá-lo com os problemas do reino. Ao ouvir sobre um grupo de bandidos que assola um bairro na cidade, Conan tem uma ideia e encerra a audiência. A noite, ele se disfarça, e passa a agir como o Justiceiro, massacrando com violência não só esses bandidos, como diversos outros por vários dias. Ele até mesmo usa uma máscara de caveira que lembra a roupa do Frank Castle. Seu leão se junta a ele, e algumas semanas depois Conan está recuperado da depressão que o afligia. Ele resolve devolver o seu leão à mata de onde foi capturado, para que a fera não sofra, como ele, dos males da civilização. Na segunda história, encontramos Conan sozinho a bordo de um navio mercante. Ele havia sido contratado para roubar um artefato místico, e embarcou no navio para encontrar com seu empregador. Porém, durante a viagem, o navio foi atacado por piratas. Quando o artefato foi atingido por sangue, uma estranha energia profana foi liberada. O navio foi atacado por um monstro cheio de tentáculos, e apenas Conan sobreviveu, matando a criatura. Após jogar alguns corpos dos marinheiros ao mar, pensando estar livre do monstro, Conan foi atacado por tubarões que, após se alimentarem dos corpos contaminados, também desenvolveram tentáculos e se transformaram em monstros. Ele conseguiu livrar-se deles e resolveu guardar o restante dos corpos no porão do navio. Após alguns dias, faminto e sedento, Conan tentava guiar o navio sozinho a qualquer pedaço de terra, quando foi novamente atacado por um rato, que também se alimentou dos corpos e se transformou. Alucinando e conversando com a própria espada, Conan finalmente viu a salvação, quando outro navio pirata se aproximou e abordou sua embarcação. Ele se antecipou e pulou no outro navio, matando cerca de um terço da tripulação e assumindo o comando. Conan ordenou que sua antiga nau fosse queimada, e durante uma farta refeição contou aos novos “amigos” sua aventura. Completam a edição mais duas partes do conto em texto A Luz Estelar Negra, onde Conan e seus companheiros de viagem enfrentam estranhas criaturas extradimensionais que se parecem com sanguessugas com braços. Como eu já disse anteriormente, as novas histórias do cimério resgataram com sucesso o espírito da saudosa época da Espada Selvagem de Conan em preto e branco. Todas as aventuras na edição são excelentes, e mostram Conan em três momentos diferentes da vida. A arte acompanha a história, e mesmo colorida mantém o tom selvagem e aventuresco, em nada lembrando uma HQ de super-heróis. Aliás, quase ia esquecendo, não posso deixar de mencionar a capa, com um Rei Conan com os traços do Arnold Schwarzenegger.
Compre na Amazon, ou diretamente no site da editora.