Sinopse da editora:
“É um pássaro! É um avião! É… Clark Kent. Apesar de seu icônico nome, esse Clark de Picketsville, Kansas, é só um garoto normal com pais que se achavam engraçadinhos. Ele não consegue voar, não consegue ver através das paredes ou resistir a balas. Até o dia em que consegue! O garoto sabe que suas habilidades deveriam ser usadas para o bem, mas, ao longo de seu caminho, encontra complicações com as quais o Superman real nunca teve de lidar: uma carreira, uma esposa, filhos. Uma vida de verdade. E tudo é muito mais complicado do que parece ser nos quadrinhos. Nessa aclamada obra, o roteirista Kurt Busiek (Astro City) e o desenhista Stuart Immonen (A Essência do Medo) exploram a vida de um herói dos quadrinhos vivendo no mundo real. A história segue Clark ao longo de décadas enquanto esse poderoso homem tenta provar que pode transformar o mundo sem ter que sacrificar tudo o que tem.”
Ficha técnica:
- Formato 18,5 x 27,5 cm
- Capa dura
- Lombada quadrada
- 212 páginas
- Data de publicação: julho de 2018
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Em algum momento, todo leitor chega à conclusão de que não vai conseguir ler tudo o que gostaria em seu tempo de vida. Eu já passei por isso, e então decidi criar duas regras para maximizar minha passagem por este mundo: regra número 1, só leio ou assisto obras que eu acho que vou gostar (e normalmente me arrependo amargamente quando discordo da minha impressão inicial e quebro esta regra); regra número 2, evito reler ou reassistir, mesmo que eu tenha gostado do que vi.
Porém, algumas obras são tão excepcionais que precisam ser revisitadas de vez em quando. Nem faço ideia de quantas vezes já vi De Volta para o Futuro, ou reli Reino do Amanhã. É o caso também desta obra prima dos quadrinhos que tenho em mãos agora, que é, na minha opinião sem sombra de dúvidas, a melhor história do Superman em todos os tempos. Mesmo que não seja exatamente uma história do Superman!
A história se passa no mundo “real”, em que os super-heróis são personagens de quadrinhos. David e Laura Kent moram em uma cidadezinha no interior rural do Kansas. Bem-humorados, quando o filho nasce com os cabelos pretos não resistem à tentação de batizá-lo Clark Kent. Ele é só um adolescente normal, que prefere a solidão em vez de toda a atenção que recebe por causa do homônimo famoso.
Os parágrafos a seguir revelam pontos importantes da história. Leia por sua conta e risco!
Narrada em primeira pessoa com muita sensibilidade pelo próprio Clark, datilografando um diário em uma máquina de escrever antiga (redundância?), a obra foi publicada originalmente em quatro edições, cada uma em um momento da sua vida. Na primeira parte conhecemos o adolescente deslocado, que tem dificuldades para se socializar e sofre bullying na escola. Ele tem o hábito de sair no final de semana para acampar sozinho, isolando-se na floresta. Em uma dessas viagens, no meio da noite, acorda flutuando sobre seu acampamento: sem nenhum aviso ou explicação, ele descobre ter os mesmo poderes do Superman.
Sua ideia inicial é guardar segredo da descoberta, pelo menos enquanto tenta descobrir a origem desses poderes. Ele conversa com os pais, perguntando se eles acham que um filho adotivo merece conhecer sua verdadeira condição. Seus pais percebem que ele está falando de si mesmo, mas acreditam que o filho apenas sente-se solitário por ter poucos amigos.
Frustrado, Clark se refugia voando cada vez mais alto e mais longe. Em um desses passeios, sobrevoa uma cidade vizinha exatamente quando ocorria uma inundação. A situação parece sob controle pelos bombeiros locais, mas ele percebe um adolescente quase se afogando, que não vai ser alcançado pelo socorro a tempo. Ele mergulha em super velocidade, resgata o rapaz e o deixa na margem do rio, em segurança, antes de sumir rápido como um raio, torcendo para não ser visto.
Obviamente, no dia seguinte, sua proeza está em todos os jornais (a história se passa no anos 1990). Ninguém conseguiu ver seu rosto, mas o homem voador do Kansas vira o assunto do momento. Vários repórteres correm para sua cidade e as vizinhas, em busca de testemunhos sobre o fenômeno. Clark decide então conversar com Wendy Case, a repórter que escreveu a primeira notícia sobre ele, em busca de ajuda para descobrir mais sobre si mesmo. Sem revelar sua identidade, ele concede a ela várias entrevistas, que a deixam famosa.
Wendy propõe a Clark revelar-se ao mundo, e explorar financeiramente seus poderes. Ele percebe que ela está filmando o encontro e, revoltado, se afasta ameaçando não voltar. Após pensar muito no assunto, ele decide aceitar a proposta, pois assim poderia ajudar seus pais. Ele escolhe o festival de Halloween de sua cidade para sua “estreia”, aonde vai devidamente vestido com o uniforme do Superman. Porém, antes de ter a oportunidade, uma grande explosão acontece, com várias pessoas feridas e até algumas mortes. Clark ajuda como pode, sem ser reconhecido, até ver, sob escombros, a amiga da escola por quem tem uma queda. Ele é flagrado pela multidão assim que ergue a viga que estava sobre a amiga, mas consegue disfarçar e convencer a todos que a viga estava apoiada no chão, e não é descoberto.
Passado o susto, os jornais noticiam que Wendy provocou a explosão no festival, para chamar a atenção do Clark. Sentindo-se amadurecido pela experiência, ele percebe que o melhor é permanecer anônimo. Enquanto isso, é revelado que misteriosos homens de terno também investigam o homem voador, e chegaram inclusive a desconfiar de que este seria o Clark, mas descartaram a hipótese.
A segunda parte salta cerca de dez anos no futuro, e vemos Clark formado em jornalismo e trabalhando em Nova Iorque, na prestigiada revista New Yorker, enquanto continua agindo como o “Superman” misterioso. Em uma destas ocasiões, ele salva um avião da queda, mas após se afastar os homens de ternos aparecem novamente, investigando ocorrido.
Seus colegas de redação não perdem nenhuma chance de fazer piada com seu nome famoso. Após sua chefe oferecer a oportunidade de escrever um livro para uma grande editora, que é em que ele quer realmente trabalhar, animado, Clark aceita o convite dos colegas para sair para beber. Eles tinham preparado uma surpresa para ele: queriam apresentá-lo a uma moça nativo americana chamada Lois Chaudhari. Ao perceber a brincadeira, ela vai embora irritada. Clark censura os colegas e vai atrás dela, conseguindo acalmá-la, afinal, ele também já havia sofrido várias vezes com esse tipo de brincadeira.
Após alguns encontros, eles iniciam um namoro, porém Clark sente-se incomodado por esconder dela seu segredo. Ele por fim se decide a contar tudo para ela, mas antes que consiga fazê-lo, em uma de suas rondas, vê um barco afundando. Quando se aproxima para ajudar é atacado por militares, que conseguem derrubá-lo. Clark é levado a uma instalação secreta, onde, sedado, é minuciosamente examinado. Os cientistas comentam que ele é o indivíduo mais poderoso que já viram, muito mais do que os doze anteriores. Eles também sugerem que todas essas manifestações de pessoas com poderes surgiram após uma queda de meteoros.
Clark acorda sozinho em um tubo cheio de líquido, tendo se recuperado das drogas que foram usadas para sedá-lo antes do previsto. É noite, e a base está quase vazia, exceto por alguns guardas. Eles os nocauteia e percorre a base, ainda desorientado, até encontrar uma câmara frigorífica com vários corpos, inclusive de bebês. Revoltado, ele destrói as instalações e coloca fogo na base, mas não sem antes salvar os guardas desacordados.
Traumatizado pela experiência, Clark se isola em seu apartamento, e não sai de casa por dias, pensando no que fazer. Ele resolve que não há outra opção senão continuar vivendo sua vida normalmente, mas tomando cuidados redobrados ao agir como Superman. Para ajudar a se disfarçar, passa a usar óculos, já que foi visto pelos militares sem eles. Ao voltar ao trabalho, recebe a notícia de que a editora vai publicar o seu livro. Porém, a paranoia com a perseguição pelos militares aumenta, e ele não consegue se concentrar para escrever. Ele desiste de contar seu segredo para Lois, e aos poucos começa a se afastar dela.
Angustiado e deprimido, sentindo que sua privacidade foi irremediavelmente invadida, ele chega à conclusão de que não pode colocar a vida de Lois em risco, simplesmente por manter um relacionamento com ela. Ainda indeciso, ele a procura com uma cesta de piquenique. Conforme conversam no topo do prédio, Clark se tranquiliza ao perceber o amor que um sente pelo outro. Ele resolve então contar tudo a ela, e a leva para um passeio aéreo. Durante uma pausa, sobre um telhado, ele conta toda sua vida, em detalhes, e se impressiona com a calma com que Lois absorve todas as informações.
Depois de sobrevoarem toda a ilha de Manhattan, Clark a leva para uma cantina simpática que ele conhece em uma cidadezinha portuária na Carolina do Norte, distante mais de 800 quilômetros de Nova Iorque. Ele então conclui que não precisa passar por suas angústias sozinho, e que a vida é bem melhor quando compartilhada com quem se ama.
Avançamos mais alguns anos para o futuro na terceira parte, quando Clark e Lois já estão casados há um tempo. Ambos vão muito bem em suas carreiras profissionais, enquanto que Clark está em paz com seu trabalho paralelo, e já habituado a despistar as armadilhas do governo. Na verdade, ele já chegou em um ponto em que está brincando com seus perseguidores, confiante de que consegue antecipar todas as suas jogadas.
Em uma viagem a trabalho, Lois lhe enviou um cartão de aniversário adiantado escrito “nós veremos você logo”. Na volta para casa, percebendo que a dica não foi suficiente, ela conta a novidade: está grávida! Inicialmente eufórico, Clark passa a se preocupar com a possibilidade do seu filho herdar seus poderes e com o sustento financeiro da família em crescimento. Por isso, com um nome falso, resolve fazer exames médicos e se aprofundar nas pesquisas, tentando descobrir mais sobre a origem dos seus poderes. Com o avançar da gestação e a descoberta de que Lois espera gêmeos, ele também aceita um contrato de trabalho fixo.
Porém, todas essas preocupações são minimizadas quando ele se dá conta do provável interesse do governo em seus filhos, caso descubra sua existência. Ele compartilha seus pensamentos com Lois, e pensa até em parar suas atividades como Superman, mas é estimulado por ela a não fazer isso. Clark conclui, então, que precisa de alguma forma fazer com que o governo pare de persegui-lo. Ele se deixa capturar em uma das armadilhas do governo, mas sua tentativa de propor um acordo ao encarregado por sua captura, agente Malloy, acaba interrompida pelos soldados, que, assustados, o atacam novamente.
Mudando de estratégia, Clark deixa um bilhete para o agente Malloy, marcando um encontro. Em seguida, prega uma série de pegadinhas: deixa uma action figure do Superman na mesa do diretor geral da CIA, troca os mísseis nucleares de um navio que estava no oceano Pacífico com o de outro que estava no Atlântico, interrompe um discurso do presidente transmitindo no lugar desenhos animados antigos do Superman e troca os relatórios de uma reunião de segurança na Casa Branca por gibis do personagem.
O agente Malloy vai ao encontro sozinho e sem escutas, como Clark pediu. Ele pergunta se a intenção do Clark é mostrar que é uma ameaça, mas ele responde que é exatamente o contrário, mostrar que poderia ser mas não é. Clark propõe novamente seu acordo: aceita executar missões pacíficas para o governo, quando chamado, em troca de desistirem de capturá-lo. Malloy promete levar a proposta aos seus superiores, e eles combinam que a confirmação e os futuros pedidos por auxílio seriam publicados em um jornal de Albuquerque, que Clark passa a comprar diariamente, sempre em cidades diferentes e até no Canadá.
Ao voltar de um salvamento, Clark escuta Lois chamando-o: está na hora dos gêmeos nascerem. Porém, ao chegarem ao hospital, Clark percebe que Malloy acionou a frequência ultrassônica de emergência, que eles combinaram como novo método para entrar em contato após a confirmação do acordo. Como o governo tem cumprido sua parte, Clark não tem alternativa senão deixar Lois sozinha, partindo ao encontro de Malloy. Ele pede a Clark que resgate um grupo de engenheiros americanos que foram feitos reféns na Colômbia por um grupo separatista, além de destruir a base dos rebeldes.
Apesar de revoltado com a política envolvida, pois a situação poderia ter sido resolvida antes, porém foi postergada para ajudar o presidente na campanha de reeleição, Clark salva os reféns e desarma os terroristas, enquanto acompanha o parto de Lois com a superaudição. Ele volta ao hospital quando mãe e os bebês – aliás, duas meninas – já estão descansando no quarto. Mesmo lamentando-se por não ter estado presente, Clark conforma-se por ter feito o necessário para preservar sua família, e com o apoio incondicional de Lois.
Na quarta parte, novo saldo no tempo, vemos um Clark na meia-idade, com as gêmeas Carol e Jane no início da vida adulta. Aos 57 anos ele percebe que seus poderes não estão mais no auge. Sua força e velocidade diminuíram, embora ainda sejam extraordinárias, e os super sentidos precisam de mais concentração para funcionarem. Clark tem dedicado cada vez menos tempo para suas atividades como Superman, e o agente Malloy tem acionado o sinal supersônico apenas esporadicamente. Ele acredita que o governo tenha finalmente conseguido incluir em seus quadros agentes super-humanos, afinal, em suas pesquisas, ele mesmo reuniu vários relatos de feitos extraordinários realizados por pessoas aparentemente comuns.
Clark então volta sua atenção para a origem dos seus poderes, não para si, mas sim preocupado em quanto de sua genética alterada pode ter sido herdado pelas gêmeas. Ele e Lois fizeram várias experiências com as meninas quando crianças, pedindo, por exemplo, que elas levantassem algo pesado, ou perguntando como elas reagiriam se o pai delas pudesse voar, porém não perceberam nada fora do normal. Por isso, concluíram que elas eram apenas crianças saudáveis, e descartaram a possibilidades delas também terem poderes.
Ao terminar de resgatar as vítimas de um tornado na Austrália, Clark pretendia voar até o funil e girar em sentido contrário, para dissipá-lo. Antes que tivesse chance, ele percebeu duas pequenas figuras dentro do tornado fazendo exatamente o que ele pretendia. Elas sumiram sem que ele conseguisse identificá-las, mas conseguiu ouvir duas moças sorrindo: seriam Carol e Jane? Ele conversa com Lois, e ambos se convencem que eram realmente elas. Lois quer abrir o jogo com as filhas, mas Clark prefere esperar pela iniciativa delas. Eles as convidam para passarem o final de semana com eles, e Clark deixa à vista sua pesquisa sobre super humanos, mas elas não se manifestam.
Enquanto pensava se devia confrontá-las, Clark escuta um trem-bala descarrilando ao contornar uma montanha no Canadá. Ele o alcança a tempo para impedir o trem de cair, e ainda tem força suficiente para segurá-lo sozinho, mas algo que seria fácil há dez anos vai lhe exigir muito esforço. É quando chegam voando, sem surpresa, Carol e Jane, vestidas em uniformes baseados no dele. Elas o ajudam a colocar a composição no chão, e em seguida vão até ele. Carol quer saber como ele fez para segurar o trem sozinho, mas Jane a interrompe, perguntando há quanto tempo ele sabe dos poderes dela. Clark diz que prefere que conversem em casa, com a participação de Lois. Eles voam para casa juntos, felizes por finalmente não precisarem se esconder mais, o que é mostrado em uma das mais belas splash pages que já vi nos quadrinhos, uma verdadeira obra de arte que mereceria ser enquadrada:
Em casa, as gêmeas contam que os poderes surgiram na adolescência, como foi com Clark. E exatamente como foi com ele, elas também ficaram inseguras, temendo a rejeição dos pais caso se revelassem, mas pelo menos tinham uma a outra. Elas sempre foram cuidadosas, e sabem do interesse do governo, embora nunca tenham tentado capturá-las. Clark e elas passam a agir juntos de vez em quando, e algumas vezes ele apenas as observa, orgulhoso.
Ao ser convocado por Malloy, Clark é surpreendido pela notícia de que o agente do governo vai se aposentar. O que, na prática, significa também a aposentadoria dele, pois nenhum outro agente substituiria Malloy como seu contato. Finalmente relaxado após toda a tensão que sempre existiu entre os dois, Malloy revela que sempre soube a identidade dele, dizendo que ele por ficar tranqulilo, pois as coisas mudaram, e o governo nem o teme e nem precisa mais dele. Clark volta para casa com um estranho sentimento de amizade pelo homem que o perseguiu por tantos anos.
Por fim, após o último salto no tempo, Clark já é um idoso. Ele continua escrevendo seu diário, agora em um computador com tela holográfica, pois a máquina de escrever foi aposentada há um tempo. Os super humanos são amplamente conhecidos e aceitos pela humanidade, o que possibilitou o aparecimento de avanços incríveis na tecnologia, medicina e ciências. Carros voadores, por exemplo, são comuns. Jane tem dois filhos, Perry e Jimmy, reavivando a tradição familiar que Clark preferiu evitar.
Clark ainda voa ocasionalmente com as filhas e até o neto mais velho, mas precisa de um traje térmico para se proteger do frio. A história termina com ele relembrando os vários momentos por que passou, as angústias e dificuldades, mas principalmente as alegrias. As últimas páginas mostram ele no espaço, apreciando o pôr do sol. Ao voar para leste para repetir a experiência, ele pensa em como isto pode inspirar seu novo livro.
*** FIM DOS SPOILERS ***
O autor, Kurt Busiek, é um especialista em quadrinhos de super-heróis que fogem do trivial. Ele entende o gênero como ninguém, e escreveu outras obras que mostram um lado sensível e humano dos heróis, como Marvels e Astro City, provando que há muito mais neste ramo dos quadrinhos que homens bombados em colantes e mulheres em poses impossíveis. Esta HQ é mais um exemplo desta capacidade do autor, ao contar a história de um homem comum convivendo não só com incríveis poderes, mas também com os prazeres e obrigações de uma vida normal, com que todos nós podemos nos identificar: as neuras adolescentes, as angústias do início da vida adulta, uma pessoa especial com quem você pode contar, filhos para amar, criar e por quem temer.
É necessário destacar também a arte espetacular de Stuart Immonen. Pode ser clichê, mas vou dizer assim mesmo: não consigo imaginar esta história ilustrada por outro artista. O estilo realista, as expressões dos personagens, as cenas de diálogo e as de ação, parece simplesmente impossível encontrar um quadro que não seja absolutamente perfeito para a narrativa. E no final ainda temos um bônus, uma homenagem a vários momentos na história do Superman, com quadros desenhados nos vários estilos pelos quais ele passou, da Era de Ouro às recentes animações.
A edição da Panini, lançada em 2018 mas ainda disponível em catálogo, está a altura da obra. Trata-se de uma edição única em capa dura, papel de ótima qualidade e um formato maior do que o americano das revistas de linha, além de uma revisão praticamente impecável (encontrei apenas um errinho, que não prejudica a leitura). Republicado como encadernado como parte das comemorações pelos 80 anos do Superman, a edição inclui também um texto do autor contando a história por trás da publicação, e três cards gigantes, um com uma das capas originais e os outros dois com artes extraídas das páginas internas.
Concluindo, se você é fã do Superman ou de super-heróis, aqui está um item recomendadíssimo para sua coleção. Vale ler, reler e apresentar para outras pessoas, sejam leitores de quadrinhos ou não. Aliás, a história tem um potencial enorme para surpreender positivamente qualquer pessoa que não seja um leitor habitual de quadrinhos, especialmente aquele seu amigo que só conhece os super-heróis do cinema. E se você vai ler somente uma HQ na sua vida, é esta!
Nota do Vini: 10 / 10 😃