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[Resenha] Liga da Justiça: Lendas do Universo DC – J. M. DeMatteis & Keith Giffen vol. 1 (DC Comics / Panini)

Sinopse da editora:

“Na esteira do evento Lendas, uma nova geração dos Maiores Super-Heróis do Mundo se torna o centro das atenções. No entanto, esse é o grupo mais improvável já visto! Batman, Besouro Azul, Caçador de Marte, Guy Gardner, Canário Negro, Senhor Milagre, Gladiador Dourado, Senhor Destino, Doutora Luz, Shazam e muitos mais se unem para formar uma nova Liga da Justiça. Com muito buah-hah-hah!

A equipe de roteiristas composta de J.M. DeMatteis e Keith Giffen se une ao artista Kevin Maguire para trazer uma das encarnações mais queridas e premiadas da Liga!

Este volume de LIGA DA JUSTIÇA: LENDAS DO UNIVERSO DC – J.M. DeMATTEIS & KEITH GIFFEN traz o hoje clássico arco de estreia da equipe pelas mãos de DeMatteis e Giffen, que, junto de Kevin Maguire, entraram para o rol da fama das histórias em quadrinhos!”

Ficha técnica:

  • Formato 17 x 26 cm
  • Capa cartonada
  • Lombada quadrada
  • 192 páginas
  • Data de publicação: maio de 2019

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Apesar de esta ser mais uma republicação que eu esperava ansiosamente há tempos, não me considero um saudosista do tipo “no meu tempo era melhor!”. Gosto de novidades e de variedade. Mesmo assim, falar da qualidade deste material exige o proverbial clichê “chover no molhado”. Este longo arco de histórias de 5 anos, que alcança a incrível soma de 60 edições, é uma raríssima unanimidade nos quadrinhos. Uma rápida pesquisa no Google revela dezenas de artigos, reviews e vídeos no YouTube, todos muito favoráveis.

Resumindo a história da publicação, o mercado editorial dos quadrinhos, em 1986, estava em ebulição. Logo após a publicação com sucesso da primeira mega-saga dos gibis de super-heróis, Crise nas Infinitas Terras (compre na Amazon), viriam a seguir vários clássicos reverenciados até hoje, como Watchmen (compre na Amazon) e O Cavaleiro das Trevas (compre na Amazon), pela DC, e a Saga da Fênix Negra (compre na Amazon), na Marvel. Notou o padrão? Histórias sombrias e violentas tornaram-se a regra nos quadrinhos de super-heróis.

Enquanto isso, a DC vivia um dilema com o carro-chefe da editora, a revista da Liga da Justiça. Impedidos de usar os sete personagens clássicos do grupo (Batman, Superman, Mulher-Maravilha, Flash, Lanterna Verde, Aquaman e Caçador de Marte) por ainda estarem em reformulação pós-Crise, as vendas do gibi do seu principal grupo estavam em queda vertiginosa, por publicarem histórias insossas com personagens idem, criadas por artistas desmotivados e pouco inspirados. O editor da revista na época, Andy Helfer, recebeu dos chefões a missão inglória de resolver o problema e restaurar os dias de glória da publicação, porém, ironicamente, usando os mesmos recursos que ele tinha em mãos.

Helfer, então, planejou uma tática de tudo ou nada: entregou os rumos da revista ao roteirista pouco experiente Keith Giffen, que vinha se destacando com as histórias da Legião dos Super-Heróis, e vivia implorando por esta oportunidade. Para ajudar Giffen, contratou também J. M. DeMatteis, o roteirista da última história da fase anterior da Liga, para escrever os diálogos, e o então desconhecido desenhista Kevin Maguire, que nunca havia publicado nada. Quanto à formação do grupo, os autores receberam permissão para usar apenas o Batman, desde que não fizessem com ele nada que impactasse a revista solo do personagem, e o Caçador de Marte, dos sete principais. Como substituto do Lanterna Verde Hal Jordan, foi incluído o novato Guy Gardner. Uniram-se a estes três, na estreia da equipe, os pouco conhecidos Besouro Azul, Canário Negro, Doutora Luz, Senhor Milagre, Senhor Destino e Shazam (que na época ainda atendia por Capitão Marvel, e a Panini teve o cuidado de manter este nome na republicação). Mais personagens fariam parte da formação da equipe ao longo das publicações.

Desacreditados pelo direção da DC, pelos leitores e até por si mesmos, a equipe criativa sentiu-se livre para exercer toda sua criatividade, sem amarras. Eles fugiram totalmente do padrão sombrio e violento que predominava na época. Com tramas leves porém envolventes, personagens originais e extremamente cativantes, a série foi sucesso de público e crítica desde o início, e manteve boas vendas até o final, cinco anos depois. Estas histórias ficaram marcados entre os leitores principalmente pelo tom cômico, entregues por uma combinação única de diálogos escrachados com a arte inspirada de Maguire, um mestre em criar expressões faciais extremamente eloquentes com poucos traços. O sucesso do trabalho na Liga da Justiça levou a criação, pela mesma equipe, de outras revistas derivadas, como as da Liga da Justiça Europa, e a série solo do Senhor Destino. Além de inspirar outros autores e editoras a seguir a mesma linha humorística.

A Panini Comics iniciou a esta empreitada em maio de 2019, com este volume 1, prometendo republicar todos as 60 edições da revista original. O último volume publicado, até o momento em que escrevo este texto, é o 4, de abril de 2020. Os planos da editora certamente foram afetados pela pandemia do COVID-19, mas é natural supor que ela deve retomar a publicação tão logo seja possível, pelo carinho que os fãs têm pelo material.

Cuidado: alerta de spoiler!
Cuidado: alerta de spoiler!

Este volume inclui as sete primeiras edições da revista Justice League, que a partir do sétimo número passou a se chamar Justice League International. Vamos por edição:

Justice League #1, maio de 1987 – Um Novo Começo

Os ânimos já começam exaltados na primeira reunião da nova formação do grupo. O Lanterna Guy Gardner acredita ser o único capacitado para liderar a equipe, o que provoca o também primeiro desentendimento físico entre eles. A briga é interrompida pelo Batman, com um simples porém eficiente “sente-se” para Gardner. Enquanto isso, na Sala de… ops, na sede da ONU, em Nova Iorque, Kimio Hoshi, a Doutora Luz, que recebeu um sinalizador da Liga e um convite para integrar a equipe de uma figura misteriosa, é feita refém por terroristas, juntamente com um grande grupo de pessoas. Ela aciona o sinal de socorro do sinalizador, o que surpreende a equipe, que não sabiam do convite feito a ela. Apesar de agirem de maneira ainda um pouco descoordenada, a Liga consegue derrotar os terroristas com facilidade, libertando os reféns sem nenhuma vítima. Satisfeito com o andamento dos seus planos, Maxwell Lord, o responsável por convidar a Doutora Luz para a equipe, se revela também o arquiteto do malfadado ato terrorista contra a sede da ONU.

Justice League #2, junho de 1987 – Guerra Nunca Mais!

Enquanto Batman e o Caçador de Marte interrogam a Doutora Luz, os demais assistem na TV o programa do repórter Jack Ryder, opositor da nova formação do grupo. Maxwell Lord também não parece gostar do que vê no programa, mas antes que possa agir é interrompido pela chegada do Gladiador Dourado. Sumido desde antes do confronto na ONU, vemos o Senhor Destino encontrar-se com o Homem Cinza, uma adversário que será enfrentado pelo grupo mais tarde. Na Biália, uma nação fictícia do Leste Europeu, três seres superpoderosos destroem o reduzido arsenal nuclear do país. Eles se identificam como a Feiticeira de Prata, o Windina e o Gaio, e pretendem erradicar a ameaça nuclear no planeta, para impedir a tragédia que destruiu o mundo deles. A tentativa frustrada de impedi-los pelos soldados bialianos é interrompida pelo coronel Rumann Hardjaviti, governante do país, que vê na missão dos três uma oportunidade para enfraquecer seus inimigos. Ele consegue convencê-los a atacar o arsenal nuclear de Israel, o que atrai a atenção da Liga, e a equipe parte para intervir. Eles alcançam o trio quando estes já estão de volta à Biália. Hesitante, o Batman recua e evita violar o espaço aéreo do pequeno país, enquanto que o coronel já planeja a próxima ação do trio, na União Soviética.

Justice League #3, julho de 1987 – Conflito Nuclear

Habilmente manipulados pelo coronel Hardjaviti, a Feiticeira de Prata, Windina e Gaio partem para a União Soviética, para destruir seu arsenal nuclear. A Liga passou a noite na nave do Besouro Azul, na fronteira da Biália, e quando percebem a movimentação do trio passam a segui-los. O dilema da violação do espaço aéreo se repete quando se aproximam da fronteira da URSS, mas Batman ordena que prossigam desta vez, pois a destruição do arsenal soviético por fantasiados superpoderosos poderia ser interpretado como um ato de guerra americano. A Brigada dos Sovietes Supremos é acionada para deter os invasores, mas alcançam primeiro a Liga, e atacam achando serem eles o seu alvo. A luta é interrompida quando Maxwell Lord liga para o secretário geral Gorbachev em pessoa, pedindo para que os Sovietes Supremos auxiliem a Liga contra o trio alienígena, sendo prontamente atendido. Unidos, a Liga e os Sovietes encontram o trio atacando uma usina nuclear, que já está entrando em colapso, prestes a explodir e provocar um acidente pior do que o então recente em Chernobyl. Sozinho, Windina entra na usina e consegue impedir o desastre, quase morrendo no processo. O Sovietes Supremos capturam o trio, e convidam a Liga a sair do país. Mesmo relutante em deixar os três sob a guarda dos soviéticos, eles obedecem. Ao retornarem ao QG da equipe, encontram lá dentro um Maxwell Lord bastante à vontade, que lhes apresenta seu mais novo membro: o Gladiador Dourado.

Justice League #4, agosto de 1987 – Cartas na Mesa

Maxwell Lord, Gladiador Dourado e a Doutora Luz são deixados esperando numa sala, enquanto a Liga se reúne para decidir o que fazer a respeito deles. Impaciente, a Doutora vai embora, demitindo-se. Ao saírem da reunião e confrontarem Lord, o Gladiador também se cansa e sai do QG, desejando sorte a ele com seu plano. Do lado de fora, ele percebe invasores entre a imprensa aglomerada nos portões, que provocam uma queda de energia para entrar nas instalações. Ele vai atrás deles e descobre que trata-se da Gangue Royal Flush. Enquanto o Gladiador luta contra eles, a equipe consegue acionar o campo de força do QG, isolando os heróis e os vilões do pessoal da imprensa do lado de fora. Batman leva todos para fora do prédio, mas ordena que não interfiram, para que ele possa avaliar o desempenho do Gladiador. Ele derrota quase todos, mas quando recebe os aplausos da Liga surge o último adversário, Ás, um robô enorme e quase invencível. A equipe inteira confronta o androide, mas ele parece preparado para repelir todos os seus poderes. O Gladiador o atrai até a borda do campo de força, e sinaliza ao Besouro, que desliga e aciona novamente o campo de força rapidamente, partindo o robô ao meio. Enquanto a Liga parabeniza o Gladiador e o aceita em seu grupo, Maxwell Lord aproveita para convocar uma coletiva de imprensa, onde se apresenta como o “porta-voz” da equipe.

Justice League #5, setembro de 1987 – Vida Cinza, Sonhos Cinzas

O Homem Cinza, que apareceu na edição #2, assume o controle de uma cidadezinha, e atrai o Senhor Destino para lá, capturando-o também. O repórter Jack Rider também vai até a cidade, para tentar desacreditar a equipe. No QG da Liga, Gardner confronta o Batman, e o desafia para uma luta pela liderança do grupo. Apesar dos protestos dos demais, o Morcego aceita, sem sentir-se ameaçado. Gardner tira o anel do dedo e parte para cima, porém é surpreendido por um rápido e potente soco do Batman bem no nariz, e cai desmaiado. O Caçador de Marte entra neste instante, acompanhado pela Canário Negro, que ao ver Garder desacordado no chão e ouvir o relato do que houve, não consegue acreditar no azar de não ter presenciado a cena. Este é o momento mais famoso de toda esta série, talvez de todos os quadrinhos de super-heróis:

Liga da Justiça: Lendas do Universo DC - Dematteis & Giffen - Batman vs. Gardner
Liga da Justiça: Lendas do Universo DC – Dematteis & Giffen – Batman vs. Gardner

Além do inusitado em si, do valentão derrubado com apenas um soco, o mais divertido da passagem são as reações dos colegas, que vão da admiração do Senhor Milagre e Besouro Azul até a crise existencial que passa a afligir a Canário. Enquanto isso, Destino consegue enviar um pedido de socorro, e Batman manda que o Capitão Marvel voe na frente para ajudar, enquanto o restante da equipe (exceto Gardner, que permaneceu desmaiado) vai até a cidadezinha na nave do Besouro. Próximo à cidade, eles encontram o Rastejante, a outra personalidade semi-heróica de Jack Ryder. É muito interessante notar que o Rastejante inferniza o Batman de forma muito parecida como o Louco faz com o Cebolinha. O Louco, digo, o Rastejante leva os heróis até a cidade, totalmente modificada pelos poderes do Homem Cinza.

Justice League #6, outubro de 1987 – Massacre Cinzento

Ainda estupefatos pela imagem da cidade totalmente modificada, e preocupados com o Capitão Marvel, a equipe é vigiada pelo Homem Cinza enquanto entram em ação. Ele envia o já dominado Marvel para detê-los, mas manter o Senhor Destino imobilizado ao mesmo tempo mostra ser esforço demais. No momento em que o controle do Homem Cinza sobre Marvel começa a falhar, o Caçador de Marte o derruba, sem perceber que ele já tinha recuperado o controle sobre si. O restante da equipe encontra e confronta o Homem Cinza no cinema da cidade, mas são surpreendidos pela habilidade do vilão de criar duplicatas de si mesmo, que ao tocarem nos heróis dominam a todos. O Senhor Destino então revela que na verdade estava se contendo, para ajudar o Homem Cinza, e teleporta o cinema com todos dentro para um local desconhecido, o que é testemunhado pelo lado de fora pelo Caçador de Marte.

Justice League International #7, novembro de 1987 – A Liga da Justiça… Internacional!

Edição especial com quase o dobro de páginas. No QG da Liga, Guy Gardner finalmente acorda, e procura por seu anel energético. Ele o encontra sob um console, mas ao se abaixar para pegá-lo se assusta com um ratinho, bate a cabeça e desmaia novamente. Em outra dimensão, o Senhor Destino entrega o Homem Cinza aos Lordes da Ordem, seus superiores. Eles confrontam o vilão, dizendo que ele não foi amaldiçoado, mas sim designado para uma missão, que ele não cumpriu. Eles resolvem então liberá-lo dessa missão, aparentemente apagando-o da existência, o que ele aceitou com alívio. Após conversar rapidamente com o Senhor Destino, os Lordes da Ordem enviam todos de volta para a Terra. Destino e o Rastejante procuram seus caminhos, e os heróis embarcam no Inseto, a nave do Besouro Azul, para voltar ao QG. Na sede da ONU, após deixar o Capitão Marvel em repouso, e ainda sem saber o que houve com os colegas, o Caçador de Marte encontra-se com Maxwell Lord, que revela seu sócio: Oberon, o empresário do Senhor Milagre. No QG da Liga, o Lanterna Verde Hal Jordan chega para conversar com Gardner, e ele e o Milagre são surpreendidos: as duas pancadas na cabeça mudaram completamente a personalidade do Lanterna valentão, que tornou-se gentil, sensível e educado! Na ONU, Lord e Oberon tentam convencer o Caçador a concordar com seu plano, e vemos que mais alguém tem interesse no assunto, e espiona a reunião. Apesar da proposta, que ainda não foi revelada, ter a aprovação do presidente dos EUA e do Superman em pessoa, esta figura misteriosa ainda não tem confiança na aprovação da ONU. Ele então aciona um satélite espião, que dispara uma arma de raios em direção ao Oceano Índico.

A Liga é acionada para atender a emergência, e desta vez Lord também é pego de surpresa, embora aparentemente ele saiba quem é o responsável. A equipe se reúne nos Laboratórios S.T.A.R., onde analisam o satélite e verificam que a tecnologia não é da Terra, mas não identificam de onde. Eles conseguem uma carona para ir ao espaço, exceto Gardner, que foi voluntário para ficar monitorando do QG. Usando trajes espaciais eles atacam o satélite, sem sucesso, e ainda sofrem um forte revide. Batman percebe uma câmera filmando toda a ação, e nota que ela é terrestre. Quando tenta analisar mais de perto é atingido por uma descarga de energia que rasga seu traje, porém inexplicavelmente ele está apenas atordoado, e não sente os efeitos da exposição ao vácuo. O Senhor Milagre suspeita de algo, e sob protestos dos colegas resolve se arriscar, entrando diretamente na direção do raio de energia disparado na Terra. Em vez de ser desintegrado, ele encontra mais uma câmera de vídeo, e consegue desativar o raio.

Na sede da ONU, os representantes dos Estados Unidos e da União soviética têm uma exigência para aceitar a proposta de Maxwell Lord: querem incluir seus representantes na equipe. Os americanos indicam o Capitão Átomo, enquanto que a União Soviética quer um dos seus Sovietes Supremos. Vigiados pela entidade misteriosa, Lord e o Caçador conversam, e o marciano, relutante, aceita a ideia. De volta à Terra, no prédio das Nações Unidas, a Liga se reúne e Milagre explica que, ao perceber que o satélite tinha protegido o Batman no espaço, ele suspeitou que tratava-se de uma tecnologia usada para treinamento em seu planeta natal, Nova Gênese, e o próprio equipamento garantia a segurança de quem o “enfrentasse”. Na Assembleia Geral, uma última intervenção do Superman garante a aprovação da proposta de Lord: a Liga passaria a agir globalmente, como uma força-tarefa sancionada pela ONU, com status de cidade-estado independente e embaixadas em vários países. Lord comunica a decisão à equipe, que não é bem aceita apenas pelo Batman. Gardner avisa que o Senhor Destino entrou em contato e pediu o desligamento da equipe, e o Capitão Marvel aproveita para fazer o mesmo. Batman diz que não é a pessoa ideal para liderar uma equipe que atua globalmente, e entrega o cargo ao Caçador de Marte. Por fim, Lord leva todos para fora, e apresenta à imprensa a nova Liga da Justiça Internacional, já com seus dois novos membros.

*** FIM DOS SPOILERS ***

É muito bom reler algo de que você se lembra com carinho, e perceber que o material resistiu ao teste do tempo. Apesar da arte e narrativas datadas, características dos anos 1980-90, a trama, o mistério, as piadas, as caretas, tudo se mantém extremamente divertido. Contudo, será que estas histórias também são atrativas para o público atual, que não leu naquela época, ou até mesmo nem era nascido? Para tirar essa dúvida, obriguei solicitei gentilmente à minha filha Ester, 15 anos e nerd em formação, que lesse o gibi. A opinião dela:

“Eu gostei bastante do gibi, achei a história bastante divertida e dinâmica e teve vários momentos bem engraçados na história, principalmente com o Batman, o Besouro Azul e o Lanterna Verde. A única coisa que eu achei ruim foi que eles falavam meio estranho e teve horas que eu ficava tipo ???? As pessoas falavam esquisito nos anos 1980, mas tirando isso é um ótimo gibi.”

A edição segue o tratamento caprichado da Panini, no mesmo padrão de republicação de outras fases clássicas: lombada quadrada e capa em cartão, e um papel de gramatura alta de ótima qualidade, que destaca as cores sólidas de uma época em que toda a arte ainda era feita à mão, quase sem uso de computadores. Como extras, apenas as capas originais e um texto introdutório de J. M. DeMatteis, contando a história do início da publicação. Recomendado fortemente aos quarentões saudosistas como eu, especialmente aos que querem ler a série completa. Deixem a editora satisfeita com as vendas, para que ela possa prosseguir com as republicações até o final da série.

Nota do Vini: 10 / 10 😃

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