Editora Panini Comics – data de publicação: março de 2016 – 100 páginas
Nota da edição: 8 /10 😃
Atenção: este texto contém spoilers!
Hub City da Terra 4 vs. Metrópolis do Século 31: as versões originais dos heróis Besouro Azul, Capitão Átomo e Questão eram personagens da Charlton Comics, uma pequena editora de quadrinhos americana surgida em 1940. Os três personagens, juntamente com a maior parte dos super-heróis da editora, foram adquiridos pela DC em 1983, e incorporados na cronologia oficial em 1985, durante a saga Crise nas Infinitas Terras. Aqui eles aparecem na versão da Era de Prata, ainda na época da Charlton, e isto explica o estranho traje do Capitão Átomo. Na história, durante o ano presos sob o domo, o Besouro Azul e o Questão, que não tinham poderes, continuaram agindo normalmente. O Besouro aproveitou para aprimorar seus equipamentos. E o Capitão Átomo voltou a usar sua patente do exército, e passou a trabalhar junto com a polícia. Ele recuperou os poderes por alguns minutos, durante uma breve aparição de uma versão do Gladiador Dourado (explicada na história seguinte). Quando o domo foi retirado os três heróis se viram de frente contra mais de 20 membros da Legião dos Super-Heróis. Os legionários chegaram pacificamente, preferindo uma solução diplomática, mas quando pediram para falar com o líder deles, o Besouro tomou a dianteira e pediu a rendição do grupo. Os três correram para a nave o Besouro, onde a assistente dele já tinha usado o computador para hackear os anéis de voo da Legião e obter todas as informações sobre a equipe (lembra que ele tinha aperfeiçoado seus equipamentos?). Com base no que descobriu, ele elaborou um plano. Pediu para o Capitão Átomo e o Questão distraírem os legionários, enquanto ele atraiu a Satúrnia e mais outras duas heroínas (que eu não reconheci, e que não citaram os nomes). Eles chegaram a um acordo, e usando os poderes delas e a tecnologia do Besouro, criaram a ilusão de que Hub City tinha sido destruída, aparentemente enganando o Telos e encerrando a disputa sem perdedores. Com pouca ação e muito diálogo, a história é divertida, mas não é inesquecível. A arte é um pouco inconstante, com altos e baixos, mas no geral agrada.
Nota do Vini: 7 / 10 🙂
Skartaris vs. Ponto de Fuga: apesar de anunciar uma disputa entre estas duas “cidades”, a história não segue este roteiro. Voltamos a uma das pontas soltas de antes de Convergência, quando Brainiac havia prendido o Gladiador Dourado mais jovem do universo Os Novos 52! e o Gladiador mais velho de antes do Ponto de Ignição, e a irmã deste, Michelle, para tentar encontrar o Ponto de Fuga, o esconderijo fora do tempo e da realidade do Rip Hunter. O próprio Rip encontrou o Gladiador mais jovem e o libertou, junto com o robozinho Skeets. Eles foram até Skartaris, onde Deimos havia prendido o Gladiador mais velho e a Michelle, junto com vários outros viajantes do tempo (em Convergência nº 1, lembra?). Eles libertaram apenas o Gladiador e a Michelle, e Rip explicou para a versão mais jovem que seu “irmão” mais velho estava morrendo, envenenado pela energia cronal a que foi exposto depois de inúmeras viagens no tempo. Enquanto eles conversavam, o Gladiador mais velho teve uma crise e sumiu. Rip contou que essas crises estavam fazendo com que ele viajasse pelo fluxo temporal, mas como eles estavam presos ao planeta do Telos o Gladiador ficava viajando entre as cidades sequestradas, aleatoriamente. Foi assim que ele apareceu em Hub City, na história anterior. Eles o encontraram desta vez na Metrópolis do século 31, mas o perderam por pouco quando ele sumiu novamente. Ele reapareceu na sua Metrópolis, pré-Ponto de Ignição, onde foi encontrado por seu grande amigo Besouro Azul. Ele precisou lutar contra a vontade de avisá-lo que ele seria morto, no futuro, por Maxwell Lord. O Besouro tentou ajudá-lo, mas sua enfermidade piorou, e ele começou a envelhecer rapidamente. Quando Rip e os outros o encontraram, ele já estava quase morrendo de velhice. Eles o levaram até o Ponto de Fuga, onde o Gladiador jovem colocou o mais velho em um campo de energia cronal, para tentar estabilizá-lo. Deu certo, mas ele saiu de lá transformado em Tempus (o viajante do tempo que parece até o Cabeça de Balde, da Turma da Mônica, pois cada vez que aparece tem uma identidade diferente…). O Tempus devolveu cada um para sua cidade e período cronológico devido, e saiu para, segundo ele, executar uma tarefa que só ele poderia fazer. Esta foi uma das melhores histórias da saga, talvez por fugir da fórmula “cidade vs. cidade”. Histórias de viagem no tempo sempre me agradam, exatamente pela confusão provocada pelos paradoxos cronológicos. A arte imita o traço do Dan Jurgens, artista que também gosto bastante.
Nota do Vini: 9 / 10 😃