Sala de Justiça / Blog
Editora Abril – data de publicação: dezembro de 2020 – 76 páginas
Uma edição um tanto morna fechou o ano da revista Superinteressante. A matéria de capa traz um dado impressionante: cerca de 32% das pessoas tem insônia clinicamente diagnosticada, e entre 60% e 70% tem alguma dificuldade para dormir. Infelizmente, esta é a uma área em que a medicina ainda não pode fazer muito para ajudar, pois os remédios que existem, embora úteis se usados corretamente, podem ter efeitos colaterais assustadores. O teste com as novas gerações de vídeo games Xbox e Playstation mostrou que eles estão basicamente no mesmo nível: ambos são ridiculamente caros e longe da realidade de grande parte do seu público alvo. A matéria mais interessante da edição é a que fala sobre as particularidades da água, um elemento que, por exemplo, ao contrário do que acontece com a maioria dos líquidos, se expande quando muda para o estado sólido. Gostei também da breve biografia do explorador alemão Alexander von Humboldt, um ilustre desconhecido que praticamente sozinho fundou o que hoje entendemos como ecologia. Por fim, destaco a ficção nas últimas páginas, sobre a possibilidade de o Brasil ser “dominado” por políticos evangélicos, que cansados do estado laico revogariam nossa Constituição e a substituiriam pelas leis bíblicas do Velho Testamento. Arrisco dizer que a possibilidade de encontrar algum cristão sincero, seja católico ou protestante, disposto a seguir as leis entregues ao povo judeu por Moisés, ou a obrigar outros a fazê-lo, é absolutamente ZERO. A resposta para isto está na própria Bíblia, no livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo 15, versículos 9 a 11, quando o apóstolo Pedro defende que as leis mosaicas não deveriam ser impostas aos cristãos: “Deus não fez nenhuma diferença entre nós (os judeus) e eles (os não judeus); ele perdoou os pecados deles porque eles creram. Então por que é que vocês estão querendo pôr Deus à prova, colocando uma carga nas costas dos que agora estão crendo? E essa carga nem nós nem os nossos antepassados pudemos carregar. Pelo contrário, por meio da graça do Senhor Jesus, nós, judeus, cremos e somos salvos do mesmo modo que os não judeus.”
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Nota do Vini: 7 / 10 🙂