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[Resenha] Batman – Último Cavaleiro da Terra (DC Comics / Panini)

Sinopses da editora:

Livro Um – “Um interno desperta no Asilo Arkham. Ele está são. E nunca foi quem pensou ser. Assim começa uma aventura épica do Cavaleiro das Trevas, que embarca em uma jornada pelo devastado Universo DC para encontrar diversos rostos tão familiares quanto diferentes. Para descobrir o mistério que esse mundo esconde é necessário investigar o que o deixou assim e encontrar a perigosa força que destruiu o mundo como o conhecíamos.”

Livro Dois – “O mundo foi destruído, e Batman está em busca do responsável. Mas quando vilões do seu passado começam a complicar as coisas para o Cavaleiro das Trevas, ele encontra um aliado inusitado em um lugar chamado como A Planície da Solidão.

Livro Três – “Gotham City foi reconstruída. Ômega, supremo, reina. Será que Batman finalmente conseguirá realizar o que nenhum outro herói foi capaz e libertará o mundo de seu reflexo maligno? Ou será tarde demais para o Cruzado Encapuzado recriado? Não perca a edição final da minissérie de Scott Snyder e Greg Capullo!

Ficha técnica:

  • Mini-série em 3 edições
  • Formato 18,5 x 27,5 cm (um pouco maior que o formato americano)
  • Capa brochura
  • Lombada quadrada
  • 56 páginas por edição
  • Data de publicação: março, abril e maio de 2020

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Histórias sobre um Segundo Advento, quando um herói retorna no momento de maior dificuldade do seu povo para salvá-lo, estão presentes na Bíblia cristã e no cânone de diversas outras religiões. E, é claro, já foram exploradas em diversas mídias. Nos quadrinhos, a mais famosa delas é do próprio Batman: a minissérie Batman: O Cavaleiro das Trevas, de Frank Miller, que revolucionou os quadrinhos nos anos 1980 e vende muito bem até hoje. Outra obra da DC com a mesma temática é a excelente Camelot 3000, de Mike Barr e Brian Bolland, que mostra o retorno do Rei Arthur em um futuro distante.

Cuidado: alerta de spoiler!
Cuidado: alerta de spoiler!

Os parágrafos a seguir revelam pontos importantes da história. Leia por sua conta e risco!

Um Bruce Wayne semi-amnésico acorda no Asilo Arkham, onde tentam convencê-lo de que o Batman era uma ilusão de sua mente perturbada. Ao conseguir libertar-se, ele se descobre em um futuro pós-apocalíptico, em que estranhamente todos envelheceram, menos ele. Conforme percorre um mundo destruído, ele vai reencontrando antigos amigos e inimigos. Entre eles, o próprio Coringa – ou apenas sua cabeça em um jarro – inexplicavelmente ainda vivo, e passa a carregá-lo consigo. Ele descobre que, atiçados por Lex Luthor, a população do mundo voltou-se contra os heróis. Até que surgiu um novo vilão, chamado de Ômega, que aproveitou o caos para dominar o mundo inteiro a partir de Gotham.

Enquanto tenta fugir do Arkham, Batman descobre que na verdade ele não é o original, mas sim um clone, o que explica sua juventude. O Bruce Wayne original criou uma máquina que produz um novo clone a cada geração, para que sempre exista um Batman. É revelado também que os heróis sobreviventes acreditam que o Ômega seja um dos seus antigos discípulos. Ele resolve então enfrentar o vilão para salvar o mundo.

Na segunda edição ele reencontra o “Superman”, na verdade também um clone, criado por Luthor. O vilão careca conta que matou o verdadeiro Superman, mas se arrependeu, pois foi este fato que levou ao fim do mundo. Enquanto conversam, eles são atacados pelos capangas do Ômega, e salvos pela Mulher-Maravilha (ela mesma, dessa vez não é clone – ufa!). Eles fogem do ataque, e após passar por um Limbo onde escutam as vozes dos heróis que morreram, por fim chegam à dominada Gotham. Lá descobrem que a Corte das Corujas formou uma resistência, mas seus membros são, na verdade, seus antigos pupilos.

O grupo, porém, desistiu de derrotar o Ômega, preocupando-se apenas em sobreviver. Eles acreditam que o Ômega seja outro clone do Batman, que usou a cabeça decepada de Darkseid para dominar o mundo com o sinal da anti-vida. Ele os convence a tentar uma última vez, e eles colocam em ação um plano para invadir a fortaleza do vilão. Após superar diversos perigos, os heróis fazem duas descobertas surpreendentes: primeiro, o Ômega está usando os dons telepáticos do J’onn J’onzz para transmitir o sinal da anti-vida. E a segunda: o Ômega não é um pupilo e nem um clone, mas o próprio Batman, o original! 

Ômega conta que, após ser dado como morto, se escondeu por vários anos, preparando-se para retornar e salvar o mundo à sua maneira. Ele subjuga e prende o “Batman” em um equipamento para alterar sua mente, e revela que era seu plano o tempo todo fazer com que o clone o derrotasse, para assumir seu lugar como ditador mundial. Enquanto isso, seus aliados conseguem derrotar o Caçador de Marte e libertá-lo, atrapalhando os planos do Ômega. O bat-clone se livra do equipamento em que estava preso e mata o Ômega, e num inusitado final feliz ele e seus aliados começam a reconstrução do mundo.

*** FIM DOS SPOILERS ***

Apesar de não ser no mesmo nível dos dois bons exemplos do início deste texto, Batman – Último Cavaleiro da Terra prende a atenção do leitor ao mostrar o destino dos personagens no pós-Apocalipse. O autor, Scott Snyder, vai aos poucos revelando seus mistérios, sem enrolação, e não deixa pontas soltas. A arte do Greg Capullo, meio caricatural, combina muito bem com o personagem, e se encaixou perfeitamente com o tom da narrativa.

As três edições, em formato um pouco maior do que o americano, mantém o bom padrão de qualidade da Panini. Como são poucas páginas por edição, talvez ficassem melhor em uma edição única encadernada, mas publicar no formato original não atrapalhou. O revisor trabalhou bem, não encontrei erros. Concluindo, vale a compra, especialmente para os fãs do Morcego.

Nota do Vini:  7 / 10 🙂

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