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[Resenha] Invasão! Chega de Segredos! (DC Comics / Panini)

Sinopse da editora:

“Simplesmente por existirem, os super-heróis de nosso planeta se tornaram uma ameaça para o resto do universo. Agora, uma aliança entre as raças mais ferozes e implacáveis da galáxia foi formada, e seu objetivo é um só: a eliminação dos guardiões da Terra. Enquanto a guerra irrompe nos quatro cantos do mundo, o Superman lidera o ataque contra os pretensos conquistadores alienígenas. Será que os maiores campeões de nosso mundo conseguirão repelir o exército invasor – um exército em que alguns integrantes possuem um poder próximo ao do Homem de Aço? Somente uma coisa é certa: a rendição não é uma opção! Comandando as tropas estão os roteiristas Keith Giffen (Liga da Justiça Internacional, Fim dos Tempos) e Bill Mantlo (Incrível Hulk) e os desenhistas Todd Mcfarlane (Homem- Aranha, Spawn) e Bart Sears (Guerreiro), que conduzem o leitor brasileiro de volta aos campos de batalha de um dos maiores épicos da DC de todos os tempos!”

Ficha técnica:

  • Edição encadernada
  • Formato 17 x 26 cm
  • Capa dura
  • Lombada quadrada
  • 260 páginas
  • Data de publicação: julho de 2018

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Tenho uma memória afetiva vívida com essa saga – e é um das minhas memórias mais antigas sobre quadrinhos. Invasão! foi publicada originalmente no Brasil entre 1990 e 1991 pela editora Abril, como uma minissérie e vários tie-ins (histórias derivadas) espalhados nas revistas de linha. A história me marcou tanto na época que lembro claramente de vários trechos dela; de alguns lembro até de onde eu estava quando li, mesmo 27 anos depois.

Há alguns anos eu ansiava pela sua republicação, e inclusive mandei algumas mensagens sugerindo-a para a Panini. Comprei assim que ficou disponível, o que não costumo fazer (sou adepto do lema “qualidade em quantidade”, e por isso costumo esperar pelo desconto da Amazon). Embora não tenha sido um grande sucesso de crítica na sua época, e nem todos os leitores tenham o mesmo apreço que eu, o prazer que eu senti ao ler quando eu tinha 11 anos voltou quase integralmente agora adentrando a casa dos 40.

Cuidado: alerta de spoiler!
Cuidado: alerta de spoiler!

Os parágrafos a seguir revelam pontos importantes da história. Leia por sua conta e risco!

A premissa é simples e repetida à exaustão pela cultura pop: uma invasão alienígena à Terra, como entrega o título. Usando como justificativa a ameaça representada pelos super-humanos, os Dominadores (a editora Abril manteve o nome em inglês, Dominions) formaram uma aliança com mais sete raças alienígenas: os Durlanianos (transmorfos), os Thanagarianos (raça do Gavião Negro e da Mulher Gavião, usam asas e armas feitas com o milagroso metal enésimo), os Gil’Dishpans (seres aquáticos não-humanóides), os Daxamitas (seu mundo foi colonizado por uma dissidência de kryptonianos há 3.000 anos, e por isso possuem os mesmo poderes do Superman na Terra, mas são sensíveis ao chumbo, e não à kryptonita) os Okaaranos, os Cidadelianos, os Psíons e os Khúndios.

A ofensiva começa atacando aliados em potencial da Terra, como os Lanternas Verdes e os Rannianos de Adam Strange, fazendo diversos prisioneiros. Em seguida a aliança alienígena ataca a Terra, começando pela Austrália, e rapidamente domina várias cidades e países importantes. Os heróis se organizam juntamente com as forças armadas dos países ocupados, e com dificuldade conseguem repelir os invasores.

Quando os alienígenas por fim se rendem e começam a se retirar da Terra, um rebelado cientista Dominador de casta inferior coloca em prática um plano que, de acordo com ele, deveria ter sido utilizado desde o início, detonando uma bomba de gene, que afeta todos os meta-humanos do mundo. Primeiro, os heróis (e vilões) perdem o controle dos seus poderes, e em seguida entram em coma.

Um grupo de heróis  formado pelos Lanternas Hal Jordan e Guy Gardner, o Caçador de Marte, Homem-Robô, Starman, Soviete Supremo, Superman e os Omega Men, que não foram afetados pela bomba por não serem meta-humanos – alguns deles nem mesmo são humanos – vai até o planeta dos Dominadores. Lá conseguem a cura para os efeitos da bomba, salvando todos os afetados.

*** FIM DOS SPOILERS ***

Apesar da trama simples e alguns defeitos na narrativa, a história ainda empolga, e a arte, embora já datada (ou por esse motivo), nos transporta diretamente de volta aos anos 1990 pré-Image.

Não tenho só elogios, porém. Um “defeito” chama a atenção: o volume abrange apenas a minissérie, os tie-ins publicados nas revistas de linha ficaram de fora. Quem nunca leu fica com a sensação de que a história está picotada, pulando situações que são citadas mas não são mostradas. E quem já leu no século passado, como eu, sente falta de momentos marcantes que não são reprisados.

Duas destas histórias tie-ins estão no volume 4 da coleção Liga da Justiça: Lendas do Universo DC. Aliás, essa é outra republicação há muito esperada e imperdível para velhos saudosistas como eu. Vai ganhar resenha por aqui também, assim que eu alcançá-la na minha pilha enorme de próximas leituras.

A edição segue o bom padrão de qualidade da Panini: capa dura, encadernação resistente, impresso em um papel bonito e com boas cores. A revisão também foi bem-feita, eu mesmo não encontrei nenhuma falha. A bela arte da capa é de Bart Sears, que também assina as páginas internas juntamente Keith Giffen e um iniciante e ainda conservador Todd McFarlane. O texto é do já citado Giffen e Bill Mantlo.

Concluindo, trata-se de um clássico nem sempre tão valorizado, mas imperdível. Recomendadíssimo!

Nota do Vini:  9,5 / 10 😃

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